Língua Portuguesa: O que é Predicativo do Objeto

Língua Portuguesa: O que é Predicativo do Objeto

Chamamos “predicativo do objeto” o termo da oração que faz uma atribuição ao objeto por meio de um verbo. O predicativo pode ser expresso por um adjetivo ou substantivo.


Veja a seguir um exemplo em que o predicativo indica uma qualificação do objeto:

“O diretor nomeou Isabela primeira bailarina”.


Neste exemplo, “bailarina” é a atribuição dada ao objeto direto do verbo nomear (Isabela). Logo, classificamos como predicativo do objeto.

Geralmente, o predicativo do objeto aparece com objeto direto. Raramente aparece com objeto indireto. Alguns gramáticos até consideram que o verbo chamar é o único verbo que admite predicativos do objeto. 

Vejamos neste exemplo:

“A vizinha chamou-lhe ladrão”.

Note que “ladrão” refere-se a “ele”, expresso através do pronome “lhe”, objeto indireto. Logo, “ladrão” é o predicativo do objeto indireto.

Outra maneira de reconhecer o predicativo do objeto numa oração é transformá-la na voz passiva. Na permutação, o predicativo do objeto passa a ser predicativo do sujeito. 

Vamos comparar?

  • Voz ativa: O juiz considerou o réu culpado.
  • Voz passiva: O réu foi considerado culpado pelo juiz.


Na voz ativa, o “réu” é o objeto e “culpado” é a atribuição dada a esse “réu”. Por isso, temos um predicativo do objeto. Já na voz passiva, o réu é o sujeito. Como “culpado” é uma atribuição do “réu”, chamamos de predicativo do sujeito.
Como identificar o predicativo numa oração? 

Vejamos esses dois exemplos:

“Jogou o fone no gancho, irritada”. (Drummond)

“Irritada” é a atribuição dada a quem: ao objeto ou ao sujeito? O objeto é “o fone”, o sujeito, que é oculto, é “ela”. Assim, “irritada” é o predicativo do sujeito.

“Eu achava abomináveis as famílias de nossas relações”. (Oswald de Andrade).

“Abomináveis” é uma atribuição dada a quem? Ao sujeito ou ao objeto? Neste caso, observe que o sujeito (eu) julga as famílias (objeto) como abomináveis. Trata-se, portanto, de um predicativo do objeto.


REFERÊNCIAS:

MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da Língua Portuguesa. 8ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 409-11.

SAVIOLI, Francisco de Platão. Gramática em 44 lições. 15ed. São Paulo: Ática, 1989, p. 39-1.

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