Língua Poruguesa: Partícula "Se"

Língua Poruguesa: Partícula "Se"

No caso de o SE ser uma partícula apassivadora, a frase estará na VOZ PASSIVA SINTÉTICA, ou seja, neste caso o sujeito simples é passivo: CANDIDATO, porque não é ele quem pratica a ação de APROVAR, ao contrário, ele é o alvo da ação verbal.


partícula SE como apassivadora do sujeito

Exemplos:

- Aprovou-se o novo candidato

- Venderam-se novos imóveis.

Uma ótima forma de comprovar isso é passar a frase para a VOZ PASSIVA ANALÍTICA:

Ex.: O novo candidato foi aprovado.

Neste tipo de construção, o "se" é usado como pronome oblíquo reflexivo, e caso seja feita a análise sintática, observar-se-á que ele assume a função de objeto direto do verbo transitivo ao qual se liga.

OBS 1: O verbo concordará com o sujeito, como no caso de venderam-se novos imóveis onde o verbo vai para o plural, concordando com o sujeito imóveis que também está no plural.

OBS 2: O uso de "se" como partícula apassivadora não deve ser confundido com seus usos como objeto direto da VOZ PASSIVA REFLEXIVA.

Ex.: Feriu-se com a faca.

Neste caso, o sujeito está oculto/indeterminado, pressupõe-se que “alguém” se feriu com a faca.

A partícula SE como índice de indeterminação do sujeito

Exemplo:

- Precisa-se de professor.

No caso de o SE ser um índice de indeterminação do sujeito, ele estará sempre agregado ao verbo na 3ª pessoa do singular, e o sujeito será indeterminado.

Da mesma forma, você pode tirar a “prova dos 9” tentando colocar a frase para a VOZ PASSIVA ANALÍTICA e comprovando que é impossível:

- O professor é precisado.

A partícula SE como pronome

Exemplos:

André machucou-se. (pronome pessoal reflexivo)
Os cachorros feriram-se uns aos outros. (pronome pessoal recíproco)
As professoras arrependeram-se. (pronome fossilizado)

- Chama-se fossilizado, pois já ficou agregado ao verbo, que no infinitivo apresenta-se como ARREPENDER-SE.

Neste caso, a frase está na VOZ ATIVA REFLEXIVA, e a partícula “se” é pronome pessoal reflexivo. Sintaticamente, sua função é de OBJETO DIRETO.

A partícula SE como ‘partícula expletiva’

Exemplos:

- Os alunos riram-se.

Em construções com esta, a partícula SE não possui função sintática, é chamada de expletiva, pois é usada apenas como um realce estilístico.

A partícula SE como CONJUNÇÃO

Exemplos:

- Estarei aqui bem cedo, se tudo der certo.

- Não tenho certeza se esta é a melhor escolha.

Como conjunção, o SE não possui função sintática, mas tem extrema utilidade no período pois ligará a oração subordinada à oração principal, nas orações adverbiais e nas orações integrantes.
Outros usos menos comuns para a partícula ‘SE’

Exemplos:

Ele sempre tem um SE antes de qualquer resposta.

(substantivo, objeto direto)

- Você quer ganhar um carro? - Se quero!

(advérbio, adjunto adverbial de afirmação)


Referências:

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