Saiba o que é o Paradoxo de Fermi

Saiba o que é o Paradoxo de Fermi

Você já ouviu falar no Paradoxo de Fermi?

Até agora, apenas o Planeta Terra é o único local no Universo que abriga vida inteligente. Entretanto, a humanidade sempre debateu e imaginou outras formas de vida vivendo em planetas próximos ou muito distantes, civilizações muito avançadas em tecnologia e pensamento.


Conta uma história que, no verão de 1950, Enrico Fermi conversava com amigos sobre a observação de óvnis quando eles começaram a debater sobre vida alienígena e teorias. Fermi abruptamente perguntou: “onde está todo mundo?” Estava lançada uma das questões mais controversas e debatidas da Ciência, que segue sem resolução.

O Paradoxo foi feito com base na Equação de Drake, que diz sobre a quantidade de civilizações alienígenas que poderiam fazer comunicação interestelar conosco. Os resultados dessa equação podem ser obtidos através da multiplicação de vários fatores. Por exemplo, se levarmos em consideração a taxa de formação estrelar em nossa galáxia, que são 50 estrelas por ano, e se colocarmos a estimativa de 50% dessas estrelas terem planetas, em 10 mil anos nasceriam 25 civilizações comunicantes na galáxia.

Os projetos terrestres de rastreio de vida alienígena, entretanto, nunca conseguiram captar nenhum sinal vindo de tais civilizações. Emil Konopinski, Edward Teller e Herbet Iorque, presentes durante tal conversa, ficaram pensativos. Em números atuais, temos 500 bilhões de bilhões estrelas como o Sol (ou 500 quintilhões) e pelo menos 100 bilhões de bilhões de planetas como a Terra em todo o universo observável. Apenas na nossa galáxia, a estimativa é de que exista 1 bilhão de planetas semelhantes à Terra que poderiam abrigar pelo menos 100 mil civilizações inteligentes em nossa galáxia.

E onde está todo mundo? O Paradoxo de Fermi discute sobre como todas essas civilizações poderiam existir, e, se existem, como poderíamos encontrar.

Para responder o Paradoxo, costumamos separar as civilizações em três grupos:


a Civilização Tipo I, que usa muita energia em seu planeta, Civilização Tipo II, que aproveita toda a energia de sua estrela, e a Civilização Tipo III, capaz de utilizar toda a energia da galáxia. Carl Sagan, astrônomo, desenvolveu uma fórmula matemática que nos coloca na escala 0,7 de uma Civilização Tipo I.

Estudiosos criaram dois grupos de explicação para tentar dar uma resposta ao Paradoxo. O Grupo de Explicação 1 diz que não há civilizações tipo II ou III simplesmente pelo fato de não existirem. Entre as explicações desse grupo, está O Grande Filtro, uma teoria que diz que entre o início da vida e a Civilização Tipo III há uma parede ou filtro que dificulta a vida de evoluir para uma Civilização Tipo III.

O Grupo de Explicação 2 diz que existem sim civilizações tipo II e III mas que há razões para nunca termos feito contato com elas. Entre as explicações, está a de que nosso planeta já foi visitado antes de estarmos aqui, que pode haver civilizações perigosas e que transmitir sinais pode significar o fim de nossa existência ou que civilizações mais elevadas sabem de nossa existência mas nos observam como se estivéssemos em um zoológico.

Há vários projetos de investigação de vida tanto feitas pela área da Astronáutica como pela área da Astrobiologia. As sondas Voyager, da Nasa, estão no espaço desde 1977 levando um pouco da história do nosso planeta e as esperanças de vários cientistas de tentar encontrar alguma civilização alienígena. Carl Sagan participou do projeto de construção das sondas e revelou muitos detalhes em sua série Cosmos, refilmada em 2013 por Neil de Grasse Tyson. Porém, ainda não há dados de sinais feitos entre as sondas e possíveis civilizações alienígenas.

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