Quem foi David Hume

Quem foi David Hume

Vamos conhecer um pouco da vida do filósofo e historiador, David Hume.

David Hume (1711-1776) foi um filósofo, historiador, ensaísta e diplomata escocês, conhecido por seu radical sistema filosófico baseado no empirismo, ceticismo e naturalismo. Foi considerado um dos mais importantes representantes do empirismo e um dos mais destacados filósofos modernos do Iluminismo. Acusado de herege pela Igreja Católica, suas obras foram relacionadas no “Índice dos Livros Proibidos”.

David Hume nasceu em Edimburgo, na Escócia no dia 7 de maio de 1711. Filho, um prestigiado advogado desde jovem demostrou interesse pela filosofia e pelas artes, mas em 1724, com apenas 13, devido a sua precocidade intelectual, foi enviado pela família para cursar Direito na Universidade de Edimburgo. Depois de dois anos, deixou a universidade e se viu obrigado a trabalhar. Ingressou no mundo do comércio e empregou-se em uma importadora de açúcar em Bristol, na Inglaterra. Nessa época se dedicava à leitura de obras literárias, filosóficas e históricas, além de estudar matemática e ciências naturais.

Em 1734, com o objetivo de se aprofundar nos estudos, David Hume viajou para a França. Entre 1734 e 1737 escreveu grande parte de sua obra “Tratado da Natureza Humana". Em 1737 retornou à Inglaterra e em 1739 publicou os dois primeiros volumes de seu Tratado. No ano seguinte publicou o terceiro volume de sua obra, que não teve repercussão na época, mas posteriormente veio a alcançar grande importância na história da filosofia.

Em 1740 retornou para junto de sua família. Publicou “Ensaios Morais e Políticos” (1742), que foi bem acolhido em Edimburgo. Nessa época trabalhou como preceptor de um jovem marquês e depois como secretário do general James St. Clair, a quem acompanhou em uma missão diplomática em Viena e Turim. Em 1744 concorreu à cátedra de Filosofia na Universidade de Edimburgo, mas sua fama de ateísta o levou a enfrentar forte oposição e acabou sendo rejeitado.

Em 1748 publicou “Ensaios Sobres o Entendimento Humano”, sua obra mais emblemática, onde afirmava que todo conhecimento era derivado da experiência sensível do ser humano, em que ele dividiu em duas partes: impressões – associadas aos sentidos (visão, tato, audição, olfato e paladar), e ideias – associadas às representações mentais resultantes das impressões. Foi nomeado diretor da biblioteca da Faculdade de Direito de Edimburgo, e iniciou a redação da história da Inglaterra uma obra monumental, publicada nos anos de: 1754, 1756, 1759 e 1762.

Considerado um herege, os livros de Hume foram condenados pela Igreja Católica, sendo incluídos no “Índice dos Livros Proibidos”. O filósofo acreditava que a moralidade humana não era fruto da ordem divina preexistente, mas oriunda da criação humana. Foi acusado de heresia e de ateísmo, sendo alvo de um processo mal sucedido de excomunhão em 1756. Apesar da rejeição da Igreja e recusa do mundo acadêmico, Hume foi grande influenciador de filósofos e pensadores como Kant, John Mill, e Augusto Conte.


David Hume faleceu em Edimburgo, na Escócia, no dia 25 de agosto de 1776.

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